quinta-feira, 30 de abril de 2015
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Métodos e técnicas para a aprendizagem de línguas
O processo educativo pode ser abordado sob diferentes pontos de vista. Pode partir do contexto individual do aluno, em que ele mesmo constrói o seu próprio conhecimento partindo da sua experiência e com o apoio do professor ou outros colegas, até uma abordagem de aprendizagem mais colaborativa. Existe uma variedade de métodos de ensino que permitem desenvolver tanto a aprendizagem individual, como colaborativa. Há muito que a comunidade científica se vem centrando no estudo de métodos e técnicas que suportem o processo de ensino e aprendizagem, em particular, de línguas. Leffa (1998) chama a atenção para a problemática da terminologia (método/abordagem), dada a existência de diferentes métodos pelos quais se pode aprender uma língua estrangeira. Para este autor, o termo método tem uma
abrangência mais restrita relativamente ao termo abordagem que engloba os pressupostos teóricos acerca da língua e da aprendizagem. Quando variam estes pressupostos variam as abordagens. O método não trata os pressupostos teóricos da aprendizagem de línguas, podendo estar contido dentro de uma abordagem.
terça-feira, 28 de junho de 2011
sexta-feira, 13 de março de 2009
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Como é uma aula ideal?
Como é uma aula ideal? - o contributo do filósofo Desidério Murcho. Na aula da prof. Adelina Moura o telemóvel, o computador e a internet podem ser ferramentas essenciais no ensino da língua Português...
Ouça aqui...
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Os telemóveis como ferramentas de aprendizagem
O telemóvel é uma ferramenta multimédia de comunicação, mensagens texto, imagem, vídeo e voz. Os alunos estão a descobrir novos usos do seu telemóvel de apoio às actividades curriculares. Para além das mensagens texto, podem captar voz, imagens e vídeos que representem a sua aprendizagem.
Quando deixamos que sejam os alunos a descobrir as potencialidades dos seus dispositivos móveis os professores são surpreendidos com o uso personalizado que os alunos fazem deles. Assim, por exemplo quando dei indicações sobre os conteúdos a preparar para o dia da avaliação fiquei surpreendida com alguns alunos a tomar notas no telemóvel e não no papel. Este facto é revelador que os alunos individualmente possuem hábitos tecnológicos que fogem aos padrões tradicionais.
Quando, noutra altura pedi aos alunos que descarregassem os ficheiros mp3 para os dispositivos móveis verifiquei que dois alunos estavam a partilhá-los via Bluetooth, o que despertou nos outros uma certa curiosidade e consciencialização do potencial desta tecnologia.
Noutra ocasião, fiquei surpreendida quando vi um aluno a ler um ficheiro texto no ecrã do telemóvel em vez de ouvi-lo. Esta situação, despertou uma reflexão, alertando-me para os diferentes métodos de aprendizagem. Os alunos não aprendem todos da mesma maneira e têm preferências diversificadas. Por isso, a diversificação das fontes de aprendizagem é essencial, permitindo que cada aluno escolha as da sua eleição a cada instante. Embora lhes tenha dado a possibilidade de leitura e/ou audição dos conteúdos, este aluno, em questão, escolheu a leitura a partir do ecrã do seu telemóvel, não tendo no momento qualquer importância as limitações impostas pelo tamanho do ecrã, servindo perfeitamente os objectivos da actividade.
Outra ocasião fui surpreendida com os alunos a gravar os esclarecimentos que estava a fazer sobre um assunto curricular, para mais tarde ouvir, não necessitando de tirar apontamentos, podendo concentrar-se no momento da explicação.
Outro uso do telemóvel foi verificar que um aluno não tinha copiado para o caderno um esquema feito por mim no quadro. Quando abordado sobre o assunto, o aluno apenas exibiu a foto que tinha tirado com o seu telemóvel para rever em casa. Os apontamentos de hoje transferiram-se para os dispositivos de bolso que a maioria dos alunos manuseia com mestria.
Hoje são os alunos que me perguntam onde podem descarregar os Podcasts, não necessito dizer-lhes para o fazerem. Este começa a ser um hábito no quotidiano das minhas aulas. Os alunos já sabem que cada nova unidade temática é completada com os ficheiros áudio que ajudam os alunos de forma autónoma a aprender quando e onde querem, desenvolvendo neles o gosto pela aprendizagem e a necessidade de aprendizagem ao longo da vida.
É uma cultura para a autonomia e aprendizagem ao longo da vida, através da utilização dos dispositivos móveis que andam no bolso do aluno, que quero desenvolver nos meus alunos. Porque hoje os jovens já não escrevem na palma da mão, como antigamente, para se lembrarem de algo, tudo é anotado no telemóvel, que através de um elemento sonoro lhes recorda o acontecimento. Alguns alunos, consideram que o telemóvel lhes permite ser mais organizados e que já não têm desculpa para esquecimentos (embora nem sempre seja assim).
O que pretendo é que eles descubram por si que os dispositivos móveis, que tantas vezes são alvo de distracção e indisciplina passem a ser um aliado de peso no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Só temos lhes abrir as portas e utilizá-los com todo o potencial que possuem.
Lentamente é necessário abrir as portas a outros paradigmas, a outras linguagens metodológicas para que os alunos paulatinamente se transfiram para práticas inovadoras e experiências de aprendizagem que apelem ao desenvolvimento do pensamento crítico e complexo (Jonassen, 2007). Os professores devem estar preparados para explorar e adaptar esta ferramenta no processo de ensino/aprendizagem, abrindo todas as oportunidades para promover o sucesso educativo, porque o telemóvel anda, diariamente, no bolso dos alunos, com o qual desenvolveram uma certa dependência.
Esta ferramenta não só permite aos alunos aprender, como também mostra que o professor também aprende, sugerindo que se pode aprender juntos, constituindo um excelente exemplo para promover a aprendizagem ao longo da vida, porém a focalização não deve estar na ferramenta, mas na aprendizagem.
Adelina Moura